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ÔNIBUS URBANO E SUA IMPORTÂNCIA NO TRANSPORTE DO RIO DE JANEIRO

Atualizado: 5 de mai. de 2022



A História do ônibus urbano no Rio de Janeiro começou no início do Século XIX, em 1817, quando um decreto real ordenou que se iniciasse o serviço de transporte com diligências, passando pela independência do Brasil, em 1822, pelo Tilbury, pelos ônibus movidos a tração animal. em 1868, com a chegada dos bondes na cidade, os ônibus de tração animal foram extintos, e, por fim, vieram os ônibus movidos à combustão, com os primeiros modelos em 1908, que só se tornariam populares depois da Segunda Guerra Mundial.

De acordo com um decreto real, a primeira linha de diligências, ligando o Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista e do Arrebalde ao porto de Santa Cruz,[é inaugurada em 1817.. Mas logo depois, em 1822 com o fim da monarquia, a cidade recebeu um frota de Tilburies, carruagens leves, com o cocheiro ao lado do passageiro.






Em 1837, surgem os ônibus de tração animal, chamados na França de omnibus, de dois pavimentos, usados na ligação do Rossio Grande (atual Praça Tiradentes) à Praia de Botafogo, eram todos importados da França, pintados de vermelho, e tinham capacidade para transportar de 20 a 24 passageiros. A cidade, em 1838, contava com mais 130.000 habitantes, necessitava de uma nova rede de transportes, que contava com quatro carros de dois pavimentos, com linhas da Praça Tiradentes para:

Em 1846 surgiram as gôndolas, veículos mais leves e rápidos que os antigos omnibus. A primeira linha ligava o Largo do Moura à atual Cidade Nova, com a modesta quantia de seis vinténs. Cairam em desuso em 1874, com o aparecimento dos bondes. Em 1849, a cidade ultrapassava a marca dos 260.000 habitantes. Os omnibus caem em desuso em 1868, quando havia uma grande concorrência com uma grande linha de bondes. Em Julho de 1906, durante a gestão administrativa de Pereira Passos, ele decretou uma decisão, passando a isentar de impostos a todos quanto se propusessem a fazer trafegar, no Distrito Federal, ônibus automóveis destinados unicamente ao transporte de passageiros e cargas.

Dois anos depois, em 1908, surge a primeira linha de ônibus movido a combustão do Brasil, por iniciativa de Octavio da Rocha Miranda, ligando o Passeio Público à Praça Mauá, dois anos depois, a população da cidade ultrapassa os 900.000 habitantes e faz os veículos de tração animal a cair em desuso. O omnibus motorizado prospera, aumentando as linhas de transportes.

Em 1918, passaram a circular bondes elétricos. No início dos anos 1920, a cidade passa de 1.100.000 de habitantes, o ônibus motorizado é aperfeiçoado e permite assim uma concorrência com os bondes elétricos, mas só no fim da década de 1920, o ônibus a combustão começa a ser cada vez mais adquirido pelas companhias de transporte.

Em 1931, o tráfego de auto-omnibus chegou a ser proibido na Avenida Central (Rio Branco), durante os horários de pico, visando diminuir os engarrafamentos. Nos anos 1930, o tráfego de auto-omnibus crescia desordenamente, e por esta razão, foi baixado um decreto no Rio de Janeiro, limitando o comprimento dos veículos a 10 metros e a largura a 2,40 m.[2]



Em pouco mais de uma década, o ônibus deixou de ser complemento do transporte de massas e passou a ser o principal transporte público – permitiu acesso a inúmeros lugares sem necessitar de colocação de trilhos, era mais rápido e tinha horários mais flexíveis que os bondes e trens, Na década de 40- 50, os ônibus eram operados por motoristas autônomos e sem itinerário fixo Só se consolidou a partir da década de 60, quando surgiram as lotações, com mínimo de 10 passageiros e máximo de 21.

Carlos Lacerda, primeiro governador do Estado da Guanabara, em resolução, decide que os proprietários de lotações se unissem em empresas. Surgem várias novas empresas de ônibus, entre 1961-1963 a saber:

  • Viação Estrela da Prata. A empresa começou a operar com sete ônibus, fazendo a linha S-7(Bonsucesso - Sulacap). Sua sucessora é a Viação Novacap.

  • A Auto Viação Tijuca que então operava lotações, adquire 10 ônibus para operar nas linhas C-31 e C-32, na ligação entre os bairros da Usina e São Cristovão, tornando-se a primeira empresa de lotação a ser legalmente constituída.

  • Alpha, formada por 40 proprietários de auto-lotações. Inicia as atividades com a linha 426 (Usina - Copacabana).

  • Verdun, formada por antigos proprietários de lotação (inclusive um motorista autônomo). Inicia em 1962, na linha 215 (Largo do Verdun - Largo da Carioca)

  • Viação Nossa Senhora de Lourdes, em 1962.

Na sequência, em 31 de agosto de 1962, a Comissão Organizadora da Companhia de Transporte Coletivos - CTC foi criada para planejar e controlar o sistema de transporte público do Rio de Janeiro. Exercia controle físico, econômico e financeiro dos serviços contratados, coordenava os sistemas de linhas, seleção e formação profissional

Em 1963, novas reformas: o ônibus passa a ser o único veículo admissível no sistema de transporte coletivo. Os veículos tipo auto-lotação e microônibus começam a ser extintos de forma gradativa. Com o fim das empresas de lotações surgem novas empresas de ônibus, muitas delas formadas por antigos proprietários de lotações. Em 21 de maio ocorre a desmantelação do bondes na Zona Sul carioca e em 13 de agosto de 1963, extinção gradativa dos lotações e a imediata adoção de novo sistema de numeração das linhas.

A partir 1964, ocorre a consolidação dessas alterações com o surgimento da atual numeração das linhas de ônibus, obrigatoriedade de utilização das "capelinhas" na frente dos ônibus, para identificação das linhas. A partir de primeiro de março, não existiam mais auto-lotações e microônibus nas linhas da Zona sul carioca. Novas linhas são criadas e novas empresas surgem. Ocorre um aumento da influência dos ônibus na cidade e extinção dos bondes.

A CTC enfraqueceu-se ao longo dos anos e viu suas linhas serem privatizadas, até que em 1997 ela foi extinta.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


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