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A CHARMOSA E ABANDONADA E. F. LEOPOLDINA

Atualizado: 3 de mai. de 2022


A estação de Barão de Mauá (Leopoldina), cujo nome homenageou o pioneiro da ferrovia no Brasil, foi inaugurada em novembro de 1926. A estação foi projetada pelo escocês Robert Prentice. A arquitetura foi inspirada na Estação Victoria, de Londres. Além da Estação Leopoldina, o arquiteto também foi responsável por outros grandes projetos no Rio de Janeiro, como a Central do Brasil e o edifício do Ministério das Relações Exteriores.

A linha que unia o Centro do Rio de Janeiro a Petrópolis e Três Rios, foi construída por empresas diferentes em tempos diferentes. Uma pequena parte dela é a mais antiga do Brasil, construída pelo Barão de Mauá em 1854 e que unia o porto de Mauá (Guia de Pacobaíba) à estação de Raiz da Serra (Vila Inhomirim). O trecho entre esta última e a estação de Piabetá foi incorporada pela E. F. Príncipe do Grão-Pará, que construiu o prolongamento até Petrópolis e Areal entre os anos de 1883 e 1886. Finalmente a estação de Areal foi unida à de Três Rios em 1900, já pela Leopoldina. . O trecho entre a estação de São Francisco Xavier, na Central do Brasil, e Piabetá foi entregue entre 1886 e 1888 pela chamada E. F. Norte, que neste último ano foi comprada pela R. J. Northern Railway. Finalmente, em 1890, a linha toda passou para o controle da Leopoldina. Em 1926, a linha foi estendida finalmente até a estação de Barão de Mauá, aberta naquele ano, eliminando-se a baldeação em São Francisco Xavier.

Desenhada pelo arquiteto escocês Robert Prentice, que projetou também o Palácio da Cidade, sede da prefeitura, em Botafogo. A estação é um exemplar da arquitetura eduardiana no Brasil, inspirada em construções palacianas inglesas. De estilo eclético, o prédio, no entanto, é assimétrico, já que não foram seguidos à risca os traços do escocês. Sua parte central só tem continuidade para o lado direito. Ficou faltando o lado esquerdo, previsto no projeto original.

A linha da Leopoldina começava na estação de São Francisco Xavier, da Central, o que forçava os passageiros à baldeação, devido à diferença de bitolas.



A enorme estação de trem na zona norte da capital fluminense foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural em 18 de fevereiro de 1991. A estação ficou sob a administração da empresa inglesa Estrada de Ferro Leopoldina e passou posteriormente para a rede ferroviária federal. Por mais de duas décadas, ficou a cargo do poder público e teve parte da estrutura privatizada em 1998.

A estação deixou de ser utilizada definitivamente para embarque de passageiros desde o início do século XXI com todos os passageiros sendo transferidos para a estação Dom Pedro II (atual Central do Brasil), da antiga Central. Desde então está fechada e abandonada,

Em 2002, a estação deixou de ser utilizada definitivamente para embarque de passageiros. As pessoas passaram a embarcar na estação Dom Pedro II (Central). Em 2004, a estação foi fechada. Sem os vagões a pleno vapor, a calçada do local virou ponto de ônibus. Uma lei de 2007 determinou que o Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, ficasse responsável por zelar pela guarda e conservação do imóvel.

Já um projeto de lei de 2010 sugeria que o local fosse transformado no Museu Ferroviário Barão de Mauá e incorporasse o Museu do Trem do Rio de Janeiro, mas foi arquivado em 2014. Em 2018 foi assinado um acordo entre Ministério Público do Rio de Janeiro e a Secretaria de Transportes para converter o acervo que se encontra guardado no antigo edifício da estação em um arquivo digital.

Hoje em dia, a Estação Ferroviária Leopoldina não abriga o mais belo dos aspectos visuais, visto que sua histórica fachada está pichada, suja e mal conservada. No entanto, em outros tempos, essa parada da cidade do Rio de Janeiro já simbolizou o que havia de mais charmoso no Brasil. Atualmente, o terminal está com seu pavimento térreo, plataformas e todo o terreno ao redor, pertencendo ao governo do estado do Rio de Janeiro, é utilizado em parte como depósito de trens antigos sucateados


REERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




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