
A Orla Prefeito Luiz Paulo Conde, popularmente conhecida como Orla Conde ou Boulevard Olímpico, é um calçadão situado na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro, às margens da Baía de Guanabara. Com cerca de 3,5 km de extensão e 287 mil m² de área, estende-se pelos seguintes bairros: Centro, Gamboa e Saúde. A orla foi gradualmente inaugurada entre 2015 e 2017, ocupando a área que antes ficava sob o Elevado da Perimetral, além de substituir parte da Avenida Rodrigues Alves. Sua abertura pôs fim a 252 anos de acesso restrito, em um trecho da orla, a militares do 1º Distrito Naval
O passeio público, situado entre o Armazém 8 do Cais da Gamboa e o Largo da Misericórdia, percorre diversos pontos culturais, dos quais quatro deles foram construídos justamente para fomentar a região como um pólo de entretenimento e turismo: o Museu de Arte do Rio (MAR), o AquaRio, o Mural Etnias e o Museu do Amanhã. Diversas praças integram a orla, entre elas a Praça Mauá e a Praça XV.
O nome da orla é uma homenagem a Luiz Paulo Conde, ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro e ex-vice-governador do estado do Rio de Janeiro. O prefeito do Rio de Janeiro na época do batismo, Eduardo Paes escolheu o nome para o boulevard devido ao fato de Conde ser, para Paes, o grande inspirador das transformações urbanas que ocorreram durante os seus dois primeiros mandatos como prefeito carioca.
Pouco tempo após assumir o cargo de prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes planejara, em 2010, demolir parte do Elevado da Perimetral, substituindo-o por um mergulhão, como parte das obras do Porto Maravilha. Todavia, no dia 24 de novembro de 2011, o prefeito anunciou que o elevado seria demolido em sua totalidade e não apenas um trecho dele.
O parque linear foi aberto por trechos: em 6 de setembro de 2015, foi entregue uma parte da Praça Mauá reurbanizada; no dia 3 de abril de 2016, o trecho que margeia o 1º Distrito Naval foi aberto; em 7 de maio de 2016, um antigo trecho da Avenida Rodrigues Alves foi incorporado à orla; 22 dias depois, passaram a fazer parte do boulevard a Praça XV, o Largo da Misericórdia e a Praça Marechal Âncora; entre julho e agosto do mesmo ano, a Praça Muhammad Ali e o Largo da Candelária foram entregues à população; e em 2017, a Praça Barão de Ladário foi reaberta e incorporada ao passeio.

Um dos destaques de quem vai ao Boulevard é o paredão na zona dos galpões portuários onde estão expostos os grafites do famoso Eduardo Kobra. O paredão denominado “Etnias” é super colorido e chama atenção imediatamente de quem está ali na área, pelas cores e pelo tamanho. Foi pintado na fachada de um antigo armazém por conta dos Jogos Olímpicos de 2016.
São 15 metros de altura por 170 metros. Para fazer o grafite, Kobra usou quase 3.000 latas de spray, 180 Baldes de tinta acrílica e 7 elevadores hidráulicos. O paredão é considerado pelo Guinness, com 2,6 mil m² de área, o maior grafite do mundo! A técnica de pintura aplicada foi a de aerosol, acrílico e esmalte. O painel demandou 70 dias de trabalho, sendo 45 de pintura e outros 25 destinados à produção. Foram utilizadas 2.800 latas de tinta spray, além de mais de 1.800 litros de tinta branca para a base. A obra, que se destaca na revitalizada zona portuária, é uma das mais fotografadas pelos visitantes que passam pelo local.
O Paredão no Boulevard Olímpico faz parte de uma série de grafites do Kobra sobre a paz. O conceito do grafite são os cinco arcos olímpicos representados na forma de nativos/índios de cada continente. Os huli, (Nova Guiné), os mursi (Etiópia) os kayin (Myanmar e da Tailândia), os supi (Lapônia) e os tapajós (Brasil). A união dos arcos olímpicos significa paz e união entre os povos.
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