
Para entender a Portela é preciso entender a história de Madureira, já que a identidade portelense esta vinculada com a identidade desse importante bairro do subúrbio.
A região onde hoje estão localizados os bairros de Oswaldo Cruz e Madureira fazia parte da freguesia de Nossa Senhora da Apresentação de Irajá, um dos mais importantes celeiros de produção agrícola da cidade. Criada em 1647, a freguesia compreendia boa parte das terras situadas no sertão carioca, na antiga sesmaria concedida inicialmente a Antônio de França, em 1568. Essa sesmaria era ocupada por várias fazendas, sendo que a maior parte delas eram produtoras de cana de açúcar, para produção de açúcar e aguardente. Um dos principais engenhos da freguesia de Irajá pertencia ao português Miguel Gonçalves Portela, que produzia rapadura, aguardente e cana de açúcar. Outra propriedade importante pertencia a Lourenço Madureira, que daria origem ao importante bairro do subúrbio carioca, Madureira. O primeiro nomeou uma das mais importantes vias dos bairros de Oswaldo Cruz e Madureira – a Estrada do Portela. O segundo emprestou seu nome à estação da Estrada de Ferro Central do Brasil (hoje estação Madureira).
A economia desses engenhos começou a entrar em decadência no final do século XIX, crise que está relacionada à própria decadência do trabalho escravo. Com isso, os engenhos baseados na grande propriedade (latifúndios) começaram a ser repartidos por pessoas pobres que fugiam de reformas urbanas que ocorriam no centro da capital da república brasileira, a cidade do Rio de Janeiro.
A partir de meados do século XIX, o antigo celeiro agrícola transformou-se, predominantemente, em zona residencial de populações pobres. A transformação que as freguesias rurais sofreram no Rio de Janeiro deu origem a formação dos subúrbios cariocas, como foi o caso do desmembramento da freguesia de Irajá, em que a partir da fragmentação dessas terras surgiram importantes bairros do subúrbio carioca, como Oswaldo Cruz, Madureira, Irajá, Cascadura, Vaz Lobo, Turiaçu, Bento Ribeiro, Marechal Hermes, Honório Gurgel, Campinho, Rocha Miranda, Ricardo de Albuquerque entre outros. A partir da formação desses bairros suburbanos formou-se também o ninho da águia, ou seja, os dois lugares que fazem parte da história da Portela: Oswaldo Cruz e Madureira.
Com o fim da escravidão também houve outra leva de imigrantes que se deslocou para antiga Freguesia, formada por ex-escravos e seus descendentes.: Uma parte veio das fazendas de café do Vale do Paraíba, outros deslocaram-se do interior de Minas Gerais, em especial das vilas e cidades que margeiam a Estrada União e Indústria, e os demais vieram de propriedades rurais de Santa Cruz, Guaratiba, Campo Grande e Itaguaí, chegando a Oswaldo Cruz pelos caminhos da roça, pelas rotas do interior.
Esses imigrantes e aqueles que já eram da freguesia de Irajá, apresentavam hábitos e culturas distintas, porém a música e a dança eram elementos comuns entre eles. hábitos e costumes que preparavam terreno para manifestações culturais como o samba. Os negros trouxeram sua dança, canto e religião e sua forma de enfrentar as dificuldades através da arte. plantando a semente da batucada nas festas da região
A partir da década de 1910 começaram a chegar pessoas da classe média que vinham do Centro da Cidade, como foi o caso de Paulo Benjamin de Oliveira, de dona Esther Maria Rodrigues e de Napoleão José do Nascimento, pai de Natal da Portela. Estas famílias formariam o núcleo que deu origem a Portela.
É possível perceber o convívio de práticas sagradas e profanas convivendo no mesmo ambiente, pois nos mesmos locais onde eram realizadas as festas religiosas (as rodas de candomblé), também havia batuques de rodas de samba, que já eram famosas na Praça Onze, nas festas que aconteciam na casa da Tia Ciata, que duravam mais de uma semana. Quase todos os festejos tinham relação direta com religiões de matrizes africanas, pois todas as “tias” citadas anteriormente eram mães de santo. Algumas delas estavam envolvidas no batismo da Portela. Nossa Senhora da Conceição que, no sincretismo com a umbanda é Oxum, é madrinha da agremiação e São Sebastião (Oxóssi) é padroeiro da bateria.
Dentre essas “tias” cabe ressaltar o papel relevante na fundação da Portela de Esther Maria Rodrigues, pois desempenhava um papel semelhante ao de Tia Ciata, na Praça Onze. Tia Esther, como era conhecida, mantinha contato com pessoas influentes, como políticos que vinham no seu terreiro e, assim ela conseguia muitos favores, inclusive as licenças para os blocos locais desfilarem. Foi, também, na casa de Tia Esther que o samba chegou até Oswaldo Cruz, levado pelos sambistas do Estácio. Tia Esther se tornou figura central em Oswaldo Cruz, porque as festas realizadas em sua casa passaram a ser o centro da vida social do bairro. Sua liderança através da religião, fazia com que sua casa fosse frequentada por pessoas de todas as classes sociais, desde políticos, vizinhos, até artistas de rádio como Pixinguinha, e de sambistas do Estácio como Brancura, Baiaco, Aurélio, Ismael entre outros. Terminadas as sessões religiosas, começavam as festas. Dessa forma, o samba, que já era presente e difundido nas rodas da Praça Onze e do Estácio, chegou a Oswaldo Cruz.
PORTELA
A história da Portela remete aos idos de 1921, quando Esther Maria Rodrigues e seu marido Euzébio Rosas, então porta-bandeira e mestre-sala do cordão Estrela Solitária, de Madureira, mudaram-se daquele bairro para Osvaldo Cruz, onde fundaram o bloco Quem Fala de Nós Come Mosca. Uma dissidência desse bloco, comandada por Galdino Marcelino dos Santos, Paulo Benjamin de Oliveira (conhecido como Paulo da Portela), Antônio Rufino e Antônio da Silva Caetano, deu origem em 1922 a outro bloco, o Baianinhas de Osvaldo Cruz, que logo no ano seguinte adotou um estatuto e montou uma diretoria, fato que faz com que a data de fundação da Portela seja muitas vezes remetida erroneamente a 1923. O bloco, no entanto, não durou muito tempo. Em abril de 1923, reunidos numa casa, na Estrada do Portela. Rufino, Caetano e Paulo decidiram criar um outro bloco, que teve seu documento de fundação assinado em 11 de abril de 1926, nascendo assim o Conjunto Carnavalesco Osvaldo Cruz, que teve Paulo da Portela como seu primeiro presidente. Em seus dados oficiais, todavia, a Portela considera sua fundação em 11 de abril de 1923.
Em 1929 acontece o primeiro concurso de sambas conhecido. Organizado pelo pai-de-santo Zé Espinguela, este concurso contou com a participação de sambistas do Estácio, da Mangueira e de Oswaldo Cruz, tendo sido divulgado por Zé Espinguela na coluna que ele tinha no jornal Vanguarda, e sendo vencido pelo Conjunto de Oswaldo Cruz. Após esta vitória o bloco muda de nome para Quem nos Faz é o Capricho, por influência de Heitor dos Prazeres, que além de sugerir o nome, desenhou sua bandeira.
Em 1931, quando as escolas de samba ainda estão sendo definidas, o grupo muda novamente de nome, desta vez para Vai como Pode (na verdade, "Vae Como Pode", na grafia da época). Tal mudança foi motivada por uma briga entre seus integrantes, quando em 1930, Heitor dos Prazeres teria se apropriado dos direitos autorais de Rufino, registrando em seu nome o samba "Vai mesmo", prática comum entre os sambistas da época, mas não tolerada em Oswaldo Cruz. Após este evento, Heitor se afastou definitivamente da escola, indo para a agremiação De Mim Ninguém Se Lembra.
Uma nova bandeira para a agremiação foi desenhada por Antônio Caetano, que passou a ocupar o cargo de presidente e se escolheu como cores o azul e o branco - já associadas à agremiação desde 1929. O modelo de bandeira, com faixas diagonais partindo de um círculo central, mais tarde se tornaria um padrão para a maioria das escolas de samba. Segundo Caetano, tal modelo seria inspirado na Bandeira do Sol Nascente, uma das bandeiras oficiais do Japão. Também na mesma ocasião foi escolhida a águia como símbolo da entidade, pois esta simbolizaria, para Caetano, o voo mais alto que os sambistas desejariam alçar.

Nos três anos seguintes, disputou os primeiros concursos de Carnaval. O primeiro deles foi organizado em 7 de fevereiro de 1932 pelo jornalista Mário Filho, do jornal "O Mundo Sportivo", com grande repercussão na imprensa. Os dois seguintes foram promovidos pelo jornal rival, O Globo, até que em 1935, a Prefeitura do Rio de Janeiro resolveu subvencionar o evento, oficializando-o como parte do carnaval carioca. Com isso, as escolas de samba precisavam legalizar suas situações perante a Delegacia de Costumes e Diversões, para receber alvará de funcionamento como grêmios recreativos.
Em 1935, o delegado Dulcídio Gonçalves recusou-se a renovar a licença da Vai Como Pode, por considerar o nome chulo e indigno de uma escola de samba. Ele próprio sugeriu que a agremiação fosse batizada como Portela, em referência ao logradouro Estrada do Portela, onde diversos sambistas se reuniam. criou-se o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. Com o novo nome, a escola de samba venceu pela primeira vez o desfile de carnaval carioca, com o enredo "O Samba Dominando o Mundo". Durante o desfile, a escola levou para a avenida um rústico globo terrestre, idealizado por Antônio Caetano, introduzindo, desta forma, as alegorias nos desfiles das escolas de samba. Em 1939, a Portela foi novamente campeã com o enredo "Teste ao Samba", que é considerado por muitos como o primeiro samba-enredo. Levou ao desfile fantasias totalmente enquadradas ao enredo e também introduziu a comissão de frente. A Portela tornou-se uma das principais escolas de samba do Rio de Janeiro, compondo um quarteto de grandes ao lado de Mangueira, Salgueiro e Império Serrano.
Nas décadas de 1940 e 1950, comandada pelo ilustre bicheiro Natal da Portela, que era amigo de Paulo da Portela, a escola conquistou inúmeros campeonatos, com destaque para o heptacampeonato consecutivo, entre 1941 e 1947, respectivamente com os enredos "Dez Anos de Glória"; "A Vida no Samba"; "Carnaval de Guerra"; "Brasil Glorioso"; "Motivos Patrióticos"; "Alvorada do Novo Mundo"; "Honra ao Mérito". Em 1951, o décimo campeonato da história da escola de samba veio com o enredo "A Volta do Filho Pródigo". Em 1953, mais um título, desta vez com o enredo "Seis Datas Magnas", este composto por Candeia (então com 17 anos) e Altair Prego. De 1957 a 1960, a escola conquistou um tetracampeonato, com os respectivos enredos "Legados de D. João"; "Vultos Efemérides do Brasil"; "Brasil, Panteon de Glórias"; "Rio, Cidade Eterna". Ainda na década de 1960, a Portela conquistou mais três carnavais, chegando a 18 campeonatos no total. Em 1962, o título veio com o enredo "Rugendas ou Viagens Pitorescas pelo Brasil". Em 1964, com "O Segundo Casamento de D. Pedro II ", sendo que a escola utilizou violinos em sua bateria, realizando uma harmonia durante o desfile da escola. Em 1966, com "Memórias de um Sargento de Milícias" – este samba composto pelo jovem Paulinho da Viola. No primeiro carnaval da década de 1970, a Portela conquistou o campeonato com o enredo "Lendas e Mistérios da Amazônia", que se tornou um clássico dos carnavais cariocas. A partir desse carnaval, o carro abre-alas passou a trazer, ininterruptamente, a águia, símbolo da escola – ora de grandes proporções, ora menor; com ou sem movimentos. Nos anos 1970, 1980, 1990 e 2000, a Portela amargurou anos sem carnavais vitoriosos. Em todo esse tempo, foram apenas três troféus – 70, 80, 84 (primeiro do Sambódromo). É comum as pessoas falarem que a Portela não era campeã desde 1970, apesar dos títulos de 1980 e 1984. Isso porque em 1980, o triunfo foi dividido com a Beija-Flor e em 1984, com a Mangueira, que acabou sendo considerada a super campeã daquele ano.
No carnaval de 1980, a Portela conquistou seu 20° título, colocando fim ao jejum de nove anos sem títulos. Era a primeira vez que a tradicional azul e branco de Oswaldo Cruz conquistava um carnaval na Rua Marquês de Sapucaí, onde, seria erguido o sambódromo carioca. Mas a conquista foi dividida com a escola de Nilópolis e a Imperatriz. Em 1984, finalmente o Sambódromo da Marquês de Sapucaí ficou pronto. Com o enredo "Contos de Areia", os carnavalescos Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo prepararam um desfile em homenagem aos portelenses Paulo da Portela, Natal e Clara Nunes, que foram representados respectivamente pelos orixás Oranian, Oxóssi e Iansã. Foi um carnaval inesquecível para os portelenses. O samba-enredo composto por Dedé da Portela e Norival Reis entrou para a história da Portela e do carnaval carioca e a escola conquistou seu 21º título.
Dois desfiles são considerados marcantes mesmo sem vitória - em 1981, com o enredo "Das Maravilhas do Mar, Fez-se o Esplendor de uma Noite", considerado um dos melhores desfiles mesmo ficando com a terceira colocação; o desfile de 1983, com o enredo "A Ressurreição da Coroa, Reisado, Reino e Reinado". ficaram com o segundo lugar - em um desfile que ficou marcado pela última aparição de Clara Nunes, um ícone portelense, dias antes de ser internada para a fatídica cirurgia que lhe custaria a vida.
Apesar desses muitos anos de poucos títulos, a Portela nunca perdeu sua grandeza. Manteve-se entre as maiores, sendo ainda a mais vencedora com 21 títulos. . O vigésimo segundo título veio em 2017, com o enredo “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar’.

Apesar da grande tradição no cenário do samba, a escola vivenciou muitos momentos de atrito, especialmente no relacionamento da diretoria da escola e sambistas. Desavenças culminaram com o afastamento, em 1941, do fundador Paulo da Portela após um desentendimento com o mestre-sala Manuel Bambambã. Paulo durante muito tempo brigou para que todos os componentes desfilassem devidamente fantasiados ou se não, vestidos com as cores da escola. Sempre defendia a imagem do sambista como um artista de respeito, valorizando a educação e procurava dar exemplo usando terno, gravata e chapéu. Lutava para que a sociedade não mais associasse a imagem do sambista ao malandro e vagabundo. No dia do desfile de 1941, ele voltava de uma apresentação em São Paulo, juntamente com Heitor dos Prazeres e Cartola, e estavam todos vestidos de preto e branco. Sem tempo de trocarem de roupa, combinaram assim de desfilar, os três, em cada uma de suas escolas de samba. Porém, em vez de desfilarem pela Portela, Bambambã não permitiu que os outros dois, não estivessem devidamente vestidos e pudessem desfilar. Após o incidente, Paulo da Portela jamais desfilou novamente por sua escola do coração. Apesar do desentendimento, Paulo da Portela foi o anfitrião do americano Walt Disney na sua visita a quadra da Portela, nesse mesmo ano, o que inspirou a criação do personagem Zé Carioca, num momento em que os EUA buscava aliados através de uma política de boa vizinhança com a América Latina.
Durante a década de 1970, novos desentedimentos levaram sambistas como Candeia, Zé Ketti e Paulinho da Viola a deixarem a escola - embora os dois últimos tenham retornado anos depois. Em 1972, a escola resolveu apostar em um carnavalesco, o médico Hiram da Costa Araújo, o primeiro da história da escola. Ele ajudou a criar o departamento cultural e de carnaval da Portela, que organizava coletivamente os carnavais da agremiação, e foi o responsável por introduzir muitas inovações nos desfiles da agremiação, que passaram a rivalizar com os luxuosos carnavais de Joãosinho Trinta. Essa modernização geraria sérios atritos com integrantes mais tradicionais da escola, que criticavam os desfiles grandiloquentes elaborados por Araujo, e distantes dos tempos de ouro da Portela. Em 1974, novo atrito com o convite de pessoas de fora da comunidade para compor o samba enredo daquele ano, quebrando uma tradição entre os compositores. Isso resultou na saída, no ano seguinte, de sambistas como Candeia e Wilson Moreira, que fundaram o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo. Outros sambistas como Zé Kéti e Paulinho da Viola também abandonaram Oswaldo Cruz, mas com exceção de Candeia (morto em 1978), eles retornariam a Portela na década de 1980.
Em 1984, uma nova rusga interna gerou uma dissidência. O presidente da escola resolveu extinguir sete alas da Portela. Os respectivos diretores de alas, além de Nézio Nascimento (filho de Natal da Portela), fundaram um movimento que culminou no surgimento da escola Tradição. Outros figuras importantes da história da escola, como Tia Vicentina (irmã de Natal), Marlene (filha de Nozinho) e Vilma Nascimento (famosa porta-bandeira) e até os sambistas Paulo César Pinheiro e João Nogueira, aderiram à escola dissidente.
As vitórias conquistadas pela Portela rendeu-lhe o apelido de ‘Majestade do Samba’ entre seus torcedores, pois a azul e branco é a escola que detém a maior quantidade de vitórias entre todas as escolas de samba do Rio de Janeiro. A expressão Majestade do Samba deve-se ao seu passado de títulos e glórias, fatores que fizeram com que a Portela fosse marcada por ideais de raiz e grandiosidade Sua fama, glória e poder, são indicadas no próprio Hino da Portela que retrata esse passado de glórias. A letra é de Chico Santana, um dos integrantes da Velha Guarda da Portela, já falecido.
Hino da Portela – Chico Santana
Portela,
suas cores tem
Na bandeira do Brasil
E no céu também
Avante, portelense pra vitória
Não vê que teu passado é cheio de glória
Eu tenho saudades
Desperta ó grande mocidade...
As suas cores são lindas Seus valores não têm fim Portela querida És tudo na vida pra mim.
Além da relevância para o carnaval carioca, a Portela firmou-se como um dos grandes celeiros de grandes compositores do samba, comprovado por sua ativa e tradicional Velha Guarda. Entre bambas portelenses ao longo de sua história, destacam-se além dos fundadores Paulo da Portela e Antônio Rufino, os sambistas Aniceto da Portela, Mijinha, Manacéa, Argemiro, Alberto Lonato, Chico Santana, Casquinha, Alcides Dias Lopes, Alvaiade, Colombo, Picolino, Candeia, Waldir 59, Zé Ketti, Wilson Moreira, Monarco, Noca da Portela, Paulinho da Viola, entre outros - sem deixar de mencionar de importantes instrumentistas, como Jair do Cavaquinho e Jorge do Violão, a Portela tem uma participação importante na vida cultural do Rio de Janeiro. Prova desse reconhecimento foi a escola ser agraciada, em 2001, com a Ordem do Mérito Cultural.
Portela Na Avenida (samba-exaltação)
PORTELA EU NUNCA VI COISA MAIS BELA QUANDO ELA PISA A PASSARELA E VAI ENTRANDO NA AVENIDA PARECE A MARAVILHA DE AQUARELA QUE SURGIU O MANTO AZUL DA PADROEIRA DO BRASIL NOSSA SENHORA APARECIDA QUE VAI SE ARRASTANDO E O POVO NAS RUAS CANTANDO É FEITO UMA REZA , UM RITUAL É A PROCISSÃO DO SAMBA ABENÇOANDO A FESTA DO DIVINO CARNAVAL PORTELA, É A DEUSA DO SAMBA O PASSADO REVELA E TEM A VELHA GUARDA COMO SENTINELA É POR ISSO QUE EU OUÇO ESSA VOZ QUE ME CHAMA PORTELA SOBRE A TUA BANDEIRA ESTE DIVINO MANTO TUA AGUIA ALTANEIRA É ESPIRITO SANTO NO TEMPLO DO SAMBA AS PASTORAS E OS PASTORES VEM CHEGANDO DA CIDADE, DA FAVELA PARA DEFENDER AS SUAS CORES COMO FIÉIS NA SANTA MISSA DA CAPELA SALVE O SAMBA,SALVE A SANTA, SALVE ELA } SALVE O MANTO AZUL E BRANCO DA PORTELA }bis DESFILANDO TRIUNFAL } PELO ALTAR DO CARNAVAL }
Compositor: Mauro Duarte E Paulo César Pinheiro
Ao longo da sua formação a Portela teve várias sedes: a casa de Paulo da Portela, na localidade da Barra Funda, na Estrada do Portela, nº 412, na Portelinha, também na Estrada do Portela, e depois finalmente, na Rua Clara Nunes, nº 72, onde hoje é o Portelão.






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MARTINS JUNIOR, Marco Antônio. Foi um rio que passou em minha vida: Portela representações e sustentabilidades. Dissertação (mestrado) 2012. Departamento de Geografia. Pontifícia Universidade Católica
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