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CARNAVAL E SEUS LOCAIS DE DESFILE AO LONGO DOS ANOS

Foto do escritor: danielericcodanielericco


O Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro é manifestação carnavalesca que acontece anualmente no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, na cidade do Rio de Janeiro É um desfile competitivo - um determinado número de agremiações disputa o título de campeã do carnaval com avaliações feitas por jurados divididos entre diversos quesitos previamente estipulados pela ligas organizadora do evento que são LIESA(Grupo Especial), LIERJ(série A), LIESB ( especial, série B e acesso ) e LIVRES.

Os desfiles carnavalescos nos anos 30 aconteciam na Av Rio Branco nas segundas para ranchos e na terça para as grandes sociedades. Mas o carnaval era mais animado na Praça Onze, no domingo, um divertimento verdadeiramente popular., onde o desfile das escolas de samba acontecia cada vez com mais componentes e com concurso de samba. Era uma mistura do que acontecia em ranchos e cordões e era obrigatório uma ala de baianas, e uma porta estandarte e era proibido instrumentos de sopro. As escolas de samba eram valorizadas pela sua musicalidade e origem. Ainda não havia horário, itinerário, disputa ou premiação. O importante era que os grupos passassem pela Praça Onze e pelas casas das tias baianas, respeitadas como as mães do samba e do carnaval popular, principalmente Tia Ciata, a mais famosa e respeitada de todas elas, representadas até hoje nos desfiles pela ala das baianas das escolas.


No ano de 1932, o periódico Mundo Sportivo, do jornalista Mário Filho decidiu organizar o primeiro desfile competitivo das escolas de samba, o qual foi vencido pela Mangueira. O Mundo Sportivo encerrou suas atividades antes do carnaval seguinte, mas o sucesso de público fez com que o jornal O Globo assumisse a organização do evento em 1933.. Em 1935, Pedro Ernesto, prefeito do Rio de Janeiro, legaliza as escolas e oficializa os desfiles de rua, Até o final da década de 1940, a Portela, de cores azule branco, se revezava nos primeiros lugares com a Mangueira. No final dos anos 30, mesmo com sua oficialização as escolas não podiam desfilar na Rio Branco, só na Praça Onze. Com a construção da Av Presidente Vargas, no início dos anos 40, a praça Onze é demolida. Com a oficialização das escolas, os sambistas de todas as regiões da cidade e de pequenos municípios vizinhos organizaram novos grupos em suas comunidades, aumentando o número de escolas.

Nos primeiros anos, o público se amontoava nas calçadas e com o aumento de expectadores, a prefeitura passou a construir tablados e arquibancadas de madeira. A classe média não se interessava pelos desfiles. Entre 1949 e 1951 o desfile oficial passou a ser num pequeno trecho da Presidente Vargas e o desfile extraoficial na área desmantelada da Praça Onze. De 1952 a 1956, os desfiles se unem e passam a ser num tablado em frente ao Campo de Santana. Só em 57 o desfile ocuparia a área nobre da folia que era a Rio Branco. Em 1961, os desfiles passam a ser um evento com cobrança de ingresso do público. As escolas não só sobreviveram à demolição da Praça Onze como iriam ver nos anos 1960 sua ascensão definitiva. Os desfiles passaram a render dinheiro e prestígio para muita gente. Os ingressos passaram a ser muito procurados. As grandes torcidas faziam festa nos desfiles, muitas vezes levando sua escola ao campeonato.

O crescimento vertiginoso das escolas de samba trouxe muitos e novos problemas para os desfiles. Faltava disciplina e organização, o que causava enormes atrasos, criando intervalos de horas entre a passagem das escolas. Em 1975o desfile, que deveria terminar ao amanhecer do dia seguinte, atravessou a manhã, indo terminar sob o calor de 40ºC, às duas horas da tarde do dia seguinte, em pleno verão carioca, deixando seus integrantes e público cansados com as muitas horas de duração. Os equipamentos de som ainda eram precários, criando sérios problemas na harmonia dos desfiles, o eco criado pelo corredor de edifícios da avenida fazia com que as escolas maiores "atravessassem" o samba, algumas vezes as luzes se apagavam no meio dos desfiles. Além desses problemas, as emissoras de e rádio e televisão passaram a transmitir os desfiles obtendo grande receita mas sem beneficiar as escolas. Agências de turismo começaram a vender "pacotes de carnaval" para estrangeiros, incluindo ingressos para os desfiles das escolas. Em 1974, devido às obras do metrô, o desfile foi realizado na avenida Presidente Antônio Carlos. Em 1978, ocorre a mudança para a rua Marquês de Sapucaí



O Sambódromo, nome popular da Passarela do Samba Prof, Darcy Ribeiro, foi criado em 1984 por Oscar Niemeyer sendo construído em 120 dias para o Carnaval desse mesmo ano. Foi criado para acabar com o “monta-desmonta” de arquibancadas de madeira na Av. Presidente Vargas.



Possui 700 metros de extensão, ocupando a antiga rua Marquês de Sapucaí, podendo abrigar mais de 70 mil pessoas entre arquibancadas, frisas, camarotes e cadeiras de pista. Possui 10 setores ( 7 no lado ímpar e 3 no lado par ) terminando no arco da Praça da Apoteose, verdadeiro marco dos desfiles. No Sambódromo, desfilam as escolas do Grupo Especial Principal, Série A e escolas mirins. Outros grupos, como especial, série B, acesso desfilam hoje na Av. Intendente de Magalhães no bairro de Vila Valqueire, próximo a Madureira

É um desfile das Escolas de Samba é competitivo - um determinado número de agremiações disputa o título de campeã do carnaval com avaliações feitas por jurados divididos entre diversos quesitos previamente estipulados pela ligas organizadora do evento que são LIESA(Grupo Especial), LIERJ(série A), LIESB ( especial, série B e acesso ) e LIVRES.

Cada escola tem um tempo de desfile que pode variar de 75 minutos paras as do grupo especial, que chega a ter 5000 componentes, a 30 minutos que é o caso das escolas menores, que não chega a reunir 300 componentes. A apuração das notas das escolas de samba do Grupo Especial é realizada na quarta-feira de cinzas; declara-se a campeã e a última colocada é rebaixada para a Série A. As seis melhores colocadas voltam à Marquês de Sapucaí no sábado seguinte para o desfile das campeãs. Da mesma forma, na apuração do desfile da Série A, realizado após a apuração do grupo especial, declara-se a campeã (que sobe para o grupo imediatamente superior) e a que será rebaixada para o Grupo de acesso B


REFERÊNCIAS

CABRAL, Sérgio.As escolas de samba do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Lumiar, 1996.

FERREIRA, Felipe. .O livro de ouro do carnaval brasileiro Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.





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