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IGREJAS NO RIO DE JANEIRO - BARROCO, ROCOCÓ E NEOCLÁSSICO NUM MESMO ESPAÇO



Nesse post falaremos um pouquinho das Igrejas da Ordem Primeira e Irmandades que existem até hoje no Rio de Janeiro, junto com belissímas imagens de seus interiores.


Convento do Carmo e Igreja de Nossa senhora do Carmo da Antiga Sé





A história da Igreja de Nossa Senhora do Carmo começa com a vinda dos carmelitas para o Rio de Janeiro em 1589. Os Carmelitas optaram por um local térreo perto do porto e nessa data, receberam da Câmara a Capela de Nossa Senhora do Ó, localizada perto da praia, que converteram em Capela da Ordem do Carmo. Em 1611, receberam o terreno contíguo à capela, no qual começaram a construir o convento a partir de 1619.. A partir de 1761, a capela da ordem foi reconstruída.. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé é de muita importância para o Rio de Janeiro e para o Brasil. Ela já foi a Capela Real (na época de D. João VI) e Capela Imperial (na época de D. Pedro I e II) e a Catedral da Metropolitana (Em 1900). Lá foram realizadas umas das cerimônias mais importantes do país, como a coroação dos dois imperadores.

O convento teve de ser reformado algumas vezes na época colonial. Em 1906, a fachada do convento foi redecorada em estilo eclético. Em 1960, o edifício foi restaurado e tombado pelo IPHAN. O velho edifício do convento pertenceu à Universidade Cândido Mendes (UCAM) até 2011, quando foi retomado, por dívidas, pelo Estado do Rio de Janeiro. Atualmente o convento encontra-se administrado pela Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, que pretende ocupar o espaço com uma de suas bibliotecas.

Endereço: Rua Sete de Setembro, nº 14 Centro – Rio de Janeiro – RJ


Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo

A igreja data de 1565, quando o pe. Gonçalo de Oliveira funda uma casa-igreja de pau-a-pique e palha no morro Cara de Cão, na cidade recém-fundada por Estácio de Sá, invocando o nome de São Sebastião. Tempos depois, a cidade é transferida para o Morro do Castelo e lá é erguida, entre 1568 e 1583, uma nova capela de grossa taipa. O templo era simples e os restos mortais de Estácio de Sá foram levados para lá. Foi a primeira Igreja Matriz do Rio de Janeiro.

Os anos se passaram e a população se muda para a várzea, deixando a igreja em estado de abandono. Somente as liturgias obrigatórias eram feitas na igreja. No ano de 1703, a igreja vira alvo de roubos e invasões, devido ao seu estado precário, justificando o pedido do bispo D. Francisco de São Jerônimo de pedir a transferência da Sé. No ano de 1842, a igreja é entregue aos Capuchinhos pra ser reestruturada com auxílio do governo. Já sob a responsabilidade dos Capuchinhos, a igreja entra em reforma, alterando as torres e o coro que foram elevados, janelas foram abertas nas laterais e na Capela Mor, e as colunas que dividiam a Nave viraram pilares imitando mármore. Além de novos forro, assoalho, grades e portas. Em novembro de 1920, a igreja é fechada para as obras de arrasamento do Morro do Castelo. Tudo que havia na Igreja foi então transferido para Igreja dos Capuchinhos na Tijuca



Igreja do Santíssimo Sacramento da Sé




A sua origem remonta ao século XVI, quando foi fundada a Irmandade do Santíssimo Sacramento junto à primeira Matriz da cidade, então no Morro do Castelo, que foi elevada à condição de em 1680. A irmandade acompanhou a Sé em suas sucessivas mudanças. No entanto, quando a Sé de mudou para a Igreja do Carmo em 1808, considerou-se que era tempo de a irmandade possuir um templo próprio, e em 1816 o arquiteto português João da Silva Muniz foi encarregado do projeto. A capela-mor estava pronta após quatro anos, podendo receber o culto. Em 1826 foi constituída a freguesia do Santíssimo Sacramento, passando a igreja, ainda incompleta, a desempenhar o papel de Matriz. As obras foram concluídas em 1859.

Endereço: Av. Passos, nº 50, Centro – Rio de Janeiro – RJ



Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência




Os Leigos da Ordem dos Terceiros de São Francisco se instalaram no Rio de Janeiro em 1619, ocupando uma capela dentro da igreja do convento franciscano de Santo Antônio, localizado no alto de um morro (o Morro de Santo Antônio). Na metade do século XVII, o convento franciscano lhes doou um terreno ao lado da igreja do convento para que construíssem aí seu próprio templo. A Igreja de São Francisco da Penitência foi construída, com interrupções, entre 1657 e 1733. Além da igreja, a Ordem construiu no século XVIII um hospital (Hospital de São Francisco da Penitência) no largo em frente ao morro (o Largo da Carioca). No início do século XX, durante as reformas promovidas pelo prefeito Pereira Passos, o hospital foi transferido para a Tijuca e o edifício demolido. Atualmente a igreja funciona como Museu de Arte Sacra, merecendo ser visitado junto com o vizinho Convento de Santo Antônio.

Endereço: Largo da Carioca – Centro


Igreja da Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores



O templo remonta a um pequeno oratório erguido em 1743 por comerciantes e moradores da área, na esquina de uma casa no trecho em frente à rua da Cruz (atrás da atual Igreja de Santa Cruz dos Militares), sob a invocação de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores.[1] Poucos anos mais tarde, a 20 de junho de 1747, esses comerciantes reuniram-se e constituíram uma irmandade para a edificação de um templo sob a invocação de Nossa Senhora da Lapa, também conhecida por "Igreja dos Mercadores".

Quando da eclosão da Segunda Revolta da Armada brasileira, um tiro disparado pelo Encouraçado Aquidabã atingiu a torre sineira desta igreja (25 de setembro de 1893), derrubando a estátua alusiva à Religião, que, apesar da queda de mais de 25 metros de altura, sofreu poucos danos, sendo o fato considerado milagroso à época. Tanto a estátua quanto o projétil que a atingiu encontram-se, hoje, expostas na sacristia. Na torre, mais tarde, foi instalado o primeiro carrilhão da cidade, anterior ao da Igreja de São José.

Endereço: R. do Ouvidor, 35 - Centro, Rio de Janeiro - RJ


Igreja de São Francisco de Paulo



O Largo de São Francisco foi um dos pontos principais da cidade, da segunda metade do século XVIII até fins do século XIX e, a partir do século XX, um local de grande movimento do bairro da Região Central.

A construção deste templo foi iniciada em 1759 por iniciativa irmãos da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula e concluída em 1801. Ao longo de sua história sofreu diversas intervenções de conservação e restauração.

A igreja foi inaugurada em 7 de março de 1865, em solene te-déum, com a presença dos imperadores D. Pedro II e D. Teresa Cristina.

Endereço: Largo de São Francisco, s/n°. – Centro – Rio de Janeiro – RJ


Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo





A Ordem Terceira do Carmo funcionava no Rio de Janeiro desde o século XVII, ocupando uma capela próxima ao Convento do Carmo. Conforme o costume da época, a igreja dos irmãos terceiros era construída próxima, ou mesmo ao lado, das igrejas conventuais. Assim, após terem obtido a doação de um terreno exatamente ao lado do convento (em 1749), os irmãos terceiros buscaram reunir esforços para erguer sua capela.

No entanto, consta que os frades carmelitas não gostaram da ideia, por receio de que as obras abalassem as estruturas da igreja conventual (que na época estava bastante deteriorada). Originou-se então um longo debate, que foi inclusive parar na Justiça. Após três anos de discussões, os frades resolveram reconstruir também sua igreja, abrindo caminho para que, em 1755, pudesse enfim ser colocada a primeira pedra da igreja dos terceiros.

Endereço: R. Primeiro de Março, S/N - Centro, Rio de Janeiro – RJ.


Igreja de São José



Na região central da cidade do Rio de Janeiro existia uma antiga ermida dedicada a São José, bem próxima ao extinto Morro do Castelo. No ano de 1807, a irmandade que cuidava desse templo decidiu reunir esforços para fazer uma igreja maior e mais bela, e já no ano seguinte as obras se iniciaram, sendo inaugurada em 1842.. No arquivo da Irmandade, dos mais importantes da cidade, conservam-se livros que pertenceram à confraria dos carpinteiros e pedreiros do Rio de Janeiro, a confraria de São José.

Endereço: Av. Pres. Antônio Carlos - Centro, Rio de Janeiro - RJ,


Igreja de Santa Cruz dos Militares





O local da atual igreja foi ocupado originalmente por um forte, o Forte da Santa Cruz, Unidade Militar do Exército Colonial Português, construído à beira-mar pelo Governador Martim Correia de Sá no início do século XVII. Entre 1623 e 1628, estando o forte em desuso e se deteriorando com o passar dos anos, os soldados aproveitaram o local para construir uma capela na qual os militares da cidade fundaram uma Irmandade, que cumpria funções de assistência social. Na capela funcionou também a catedral da cidade entre 1703 e 1733.. Nela, surgiu a confraria dos militares, a ‘Irmandade da Santa Cruz’. No século XVII, a capela da Santa Cruz serviu provisoriamente como catedral do Rio de Janeiro.

Endereço: R. Primeiro de Março, 36 - Centro, Rio de Janeiro - RJ,


Igreja de Santa Luzia




Uma das versões sobre a origem pretende que o navegador Fernão de Magalhães, de passagem pela baía de Guanabara em dezembro de 1519, terá feito erguer uma pequena ermida no local, então à beira-mar, em que terá depositado uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes. Outra versão, atribuiu essa origem a uma capela, erguida por religiosos franciscanos, quando de sua chegada, em 1592. Esse templo terá sido ampliado em 1752.

No contexto da transferência da corte portuguesa para o Brasil, João VI de Portugal mandou abrir a rua de Santa Luzia (1817), que alcançava o Convento da Ajuda, para poder transitar com a sua carruagem até igreja, em cumprimento do pagamento de uma promessa, formulada para que o seu neto, o infante D. Sebastião, ficasse curado de uma moléstia que tinha nos olhos. Desse modo, a igreja de Santa Luzia teve o seu acesso facilitado.

Na década de 1920, com a demolição do morro do Castelo, formou-se uma esplanada com os materiais, formando-se os aterros que afastaram as águas do mar. Existiu primitivamente, nos fundos do templo, no sopé do morro hoje desaparecido, uma fonte de água à qual se atribuíam poderes milagrosos. Essa devoção é recordada ainda hoje por uma bica instalada na sacristia da igreja.

Endereço: Rua Santa Luzia 490


Igreja Nossa Senhora da Candelária





Segundo conta a história lendária sobre a origem da igreja, nos princípios do século XVII, uma tempestade quase teria feito naufragar um navio chamado "Candelária", no qual viajavam os portugueses Antônio Martins Palma e Leonor Gonçalves. O casal teria feito a promessa de edificar uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Candelária se escapassem com vida. A nau, finalmente, teria aportado no Rio de Janeiro e o casal teria mandado construir uma pequena ermida no local da atual Igreja da Candelária em 1609, posteriormente ampliada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento para se tornar uma igreja paroquial.

Endereço: Praça Pio X, s/n - Centro, Rio de Janeiro


Igreja de Nossa Senhora de Bonsucesso





A história da igreja remonta à construção da Capela da Misericórdia da cidade em 1567. A igreja atual, porém, foi reconstruída em 1780 para integrar o complexo da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Guarda altares e púlpito remanescentes da Igreja dos Jesuítas, demolida com o Morro do Castelo. Ela se encontra ao lado do trecho da Ladeira da Misericórdia que restou do arrasamento do Morro do Castelo, atrás do Museu Histórico Nacional

Endereço: Praça Marechal Ancora s/n Centro, Rio de Janeiro


Igreja de Santa Rita de Cássia




A devoção a Santa Rita de Cássia foi trazida para o Rio de Janeiro em 1710, quando os portugueses Manuel Nascentes Pinto e sua esposa Dona Antônia Maria erigiram uma pequena capela particular numa chácara próxima à área urbana.

Com o passar dos anos, o número de devotos aumentou exponencialmente, e a imagem de Santa Rita passou a ser levada para a Igreja da Candelária, onde alternava suas ‘estadias’ com a capela do casal. Então, considerando a solidez da devoção, o casal português resolveu construir uma igreja, dentro do próprio terreno que possuíam, para em seguida doarem-na para uma irmandade que estava formada.

A matriz de Santa Rita de Cássia já foi chamada “igreja dos malfeitores” porque ali faziam suas últimas orações os condenados à forca. Destaca-se também a presença de um cemitério de pretos novos (escravos mortos antes de serem vendidos) no Largo de Santa Rita. O cemitério foi anterior ao do Valongo e perdurou de 1721 a 1769.

Endereço: Largo de Santa Rita, s / nº - Centro, Rio de Janeiro


Catedral Metropolitana





A Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, também conhecida como Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, é uma catedral católica localizada no Centro da cidade do Rio de Janeiro. . Foi inaugurada em 1979, substituindo, como catedral da cidade, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Em estilo moderno, apresenta formato cônico, com 106 metros de diâmetro, 75 metros de altura externa, 64 metros de altura interna[1] e capacidade para 20 000 pessoas em pé. Um diferencial da edificação, de linhas retas e sóbrias, deve-se aos vitrais coloridos rasgados nas paredes até a cúpula. Seu projeto e execução foram coordenados pelo monsenhor Ivo Antônio Calliari (1918 – 2005). O projeto, segundo alguns, inspirado nas naves do Projeto Apollo, como símbolo do futuro; segundo outros, inspirado nas pirâmides maias

Endereço: Av. Chile, 245 - Centro, Rio de Janeiro

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