Fica no Cosme Velho, um pouco acima da Estação de Trem do Corcovado, um dos mais pitorescos recantos do Rio de Janeiro, o Largo do Boticário, logradouro que leva este nome em função do antigo proprietário do local no século 19, o sargento Joaquim Luiz da Silva Souto. Ele era proprietário de uma famosa botica e tinha entre seus clientes alguns integrantes da Família Real.
As boticas eram como as farmácias da época, onde eram vendidos os medicamentos preparados pelo próprio boticário, como xaropes, pomadas e outros. A botica dele ficava no centro (onde hoje é a Avenida Primeiro de Março) e, com o sucesso do negócio e o aumento dos lucros, ele investiu na compra de uma casa na região do Largo do Boticário, que então passou a ser chamado por este nome.
O casario predominante e mais marcante do local tem estilo "Neocolonial", como resultado de reformas feitas no ínício do século 20 e outras ocorridas na por volta de 1934. Desde esta época, o local guarda então a mesma aparência.
O Largo do Boticário é uma relíquia arquitetônica e cultural, cercado de matas, com um belo casario que alude ao século 19. Além de tudo ainda tem o privilégio de ter o Rio Carioca passando pelo local. É um raro local urbanizado em que ainda se pode ver as águas do Rio Carioca com suas corredeiras descerem a céu aberto.
Após a venda dos imóveis tombados em 2017 e até 2022 o local passou por uma grande reforma – a intrincada operação de venda dos imóveis que compõem o Conjunto Arquitetônico do largo foi pilotada pela Sergio Castro Imóveis – e recebeu um investimento de 70 milhões de reais para a renovação das seis casas, respeitando suas principais características originais, assim como a floresta nativa ao redor.
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