O Pão de açúcar é um dos principais e mais belo pontos turísticos do Brasil. Ele é apreciado e conhecido mundialmente, por suas vistas magníficas que encantam visitantes e moradores. Foi aos pés do Pão de Açúcar que o Rio de Janeiro foi se desenvolvendo. A pedra que chamamos de pão de açúcar fica a oeste da entrada da Baía de Guanabara. O Pão de Açúcar é composto por dois morros, o morro mais baixo é o Morro da Urca. Desde 1973 o conjunto dos dois morros é reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial e paisagem cultural Urbana.
O morro do Pão de Açúcar é uma montanha que não possui vegetação em quase toda a sua extensão. É um bloco único, de uma rocha de granito, que sofreu alterações com a ação do tempo, pressão e temperatura, e possui uma idade maior que 600 milhões de anos. O Pão de Açúcar é cercado por uma vegetação típica do clima tropical, mais especificamente um resquício de Mata Atlântica, com espécies nativas que, se procuradas em outros pontos da vegetação do litoral, já foram extintas. Na mata do Pão de Açúcar floresce uma orquídea única no planeta, cujo nome é Bressavola terculata.
Segundo relato de historiadores, a origem do nome Pão de Açúcar foi dado pelos portugueses. Durante o apogeu do cultivo da cana-de-açúcar no país, depois que a cana era espremida e o seu caldo fervido e apurado, essa massa cozida era colocada em uma forma de barro cônica. Era a antiga maneira de se purgar o açúcar, isto é, separar os cristais formados do mel, operação característica dos antigos engenhos de açúcar. Com um orifício inferior, o mel escoava por gravidade. Para auxiliar a purga era necessário se manter o açúcar com um grau adequado de umidade, o que se conseguia através da colocação de uma ou mais camadas de barro na parte superior da fôrma, que eram cuidadosamente umedecidas a cada cinco ou seis dias. Essas operações tinham de ser feitas cuidadosamente, pois delas dependia a qualidade final do açúcar. Uma vez escoado o mel, após um período que podia chegar a um mês, dependendo do clima, os cristais de açúcar estavam aglutinados e eram retirados das fôrmas em blocos que tinham tomado a geometria destas. Isso guardava semelhança com a produção do pão, que também era assado em fôrmas, e assim por analogia, passou-se a denominar de "pão de açúcar" o cone de cristais obtido após a purga.
Mas os cones não eram homogêneos quanto à qualidade do açúcar, nem tampouco eram práticos para se embalar e transportar. Assim, uma vez produzidos, eram quebrados, levando-se em conta as camadas mais claras e escuras, que correspondiam a um açúcar mais branco na base do cone e mais escuro em seu ápice. Essa é outra razão para as fôrmas serem cônicas, pois a região da base do cone, de açúcar mais branco, era bem mais volumosa do que a do ápice, onde o açúcar era mais escuro. As regiões do cone que tinham o açúcar mais escuro eram retiradas por intermédio de um facão, em uma operação denominada de "mascavar" e o açúcar escuro era chamado de "mascavado", que também significa "quebrado". O bloco restante de açúcar branco era desfeito com o auxílio de toletes de madeira e era posteriormente colocado em caixas para seu transporte. Os métodos descritos foram utilizados por centenas de anos, desde o advento da produção de açúcar. Com a invenção da centrifugação, como método de separação dos cristais de açúcar na primeira metade do século XIX, o sistema de se purgar o açúcar por gravidade empregando-se fôrmas foi rapidamente abandonado, tornando-se curiosidades do passado. A semelhança da montanha carioca com os pães de açúcar teria originado o nome.
Em 1907, o engenheiro Augusto Ferreira Ramos foi pivô da ideia de atingir o topo do morro por meio de um teleférico. Em 1910, obteve permissão da Prefeitura para construir, e explorar por 30 anos, um caminho aéreo que partindo da Praia Vermelha alcançasse o topo do Pão de Açúcar.
O bondinho do Pão de Açúcar foi construído por meio de uma ousada operação, que levou três anos (1909-1912) e envolveu cerca de 400 pessoas. Para construir a estrutura, alpinistas escalaram os morros da Urca e do Pão de Açúcar, com equipamentos em mochilas, e operários se arriscaram na edificação das estações a 400 m de altura. Em 2022, a construção do bondinho do Pão de Açúcar completa 200 anos. Na época, o bondinho do Pão de Açúcar custou 2 milhões de contos de réis, valor que, calculado nos dias atuais, significa mais de R$ 100 bilhões.
O projeto inicial previa a construção de três linhas, uma ligando a Praia Vermelha ao alto do Morro da Urca, outra fazendo ligação entre o alto do Morro da Urca e o Pão de Açúcar e uma terceira ligando o alto do Morro da Urca ao alto do Morro da Babilônia. A obra foi autorizada em julho de 1909 e, assim, Augusto Ferreira Ramos e um grupo de amigos fundaram a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar e iniciaram, em 1910, a construção do primeiro teleférico brasileiro. A obra do bondinho do Pão de Açúcar contou com operários brasileiros e portugueses, com equipamentos e materiais importados de uma firma alemã.
Em 27 de outubro de 1912, o trecho inicial foi inaugurado, entre a Praia Vermelha e o Morro da Urca. Segundo dados da época, 577 pessoas subiram ao Morro da Urca e o valor era de dois mil réis, para participar das primeiras viagens do “Camarote Carril”, como o bondinho do Pão de Açúcar era conhecido. O bondinho, capaz de transportar 23 passageiros, manteve o mesmo modelo por 60 anos. Em 1969, a Companhia do Pão de Açúcar recebeu autorização para duplicar a linha e, depois de algumas reformas, quatro novos bondinhos foram inaugurados, cada um possuindo uma capacidade para 75 passageiros. Os trabalhos demoraram dois anos e a obra foi completada em 29 de outubro de 1972. Só em 1972, o bondinho de madeira foi substituído por outro, com capacidade de 72 passageiros.
A linha inicial – Morro da Urca – tem uma extensão de 600 metros e 220 metros de altitude. A segunda linha – Morro da Urca / Pão de Açúcar – tem uma extensão de 850 metros. Já a terceira linha, nunca chegou a sair do papel. As linhas atuais do bondinho do Pão de Açúcar foram equipadas com dispositivos de segurança modernos, com sensores em vários pontos da instalação. Diariamente, no período da manhã, antes dos passageiros embarcarem, o bondinho do Pão de Açúcar sai para uma viagem de vistoria, para certificar se está tudo bem. O percurso é programado e controlado por equipamentos eletrônicos, que fazem a aceleração e a desaceleração do bondinho do Pão de Açúcar. Um computador dá a indicação exata dos bondinhos em caso de baixa visibilidade e revela se algum defeito estiver acontecendo. Esse sistema de controle eletrônico impede que o bondinho do Pão de Açúcar dê partida se qualquer um dos seus itens de segurança estiver com alteração, como fechamento de porta, alimentação elétrica e pressão do óleo nos freios. O bondinho do Pão de Açúcar funciona com energia fornecida pela Light, mas, na estação matriz, existe um gerador para uso exclusivo. Se, mesmo com todos os parâmetros de segurança, uma situação de emergência ocorrer, a equipe de transporte está pronta para transportar os passageiros, de forma segura, até as estações. Lembrando que o transporte a cabo é considerado, por dados estatísticos, o tipo de transporte mais seguro do mundo.
Sendo um dos morros que constitui o Pão de Açúcar, o Morro da Urca tem acessos que podem ser feitos por dois meios pela trilha e bondinho. A trilha é uma opção de desfrutar da beleza da paisagem, e uma área ótima para passeio, seja para aqueles que vão ficar no Morro da Urca ou para aqueles que vão dar continuidade até o pão de açúcar. A trilha tem início na pista Cláudio Coutinho, usada também para corridas e caminhadas. O nível de dificuldade da trilha é considerado fácil e seguro. A trilha não vai até o Pão de Açúcar, vai até o morro da Urca que é uma das paradas do bondinho. Para aqueles que desejam ir visitar o Pão de Açúcar é necessário comprar um bilhete para ir de bondinho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://rederiohoteis.com/historia-do-bondinho-do-pao-de-acucar
https://www.cursoparaielts.com.br/pao-de-acucar/
😍 AMEI SABER OS DETALHES DA HISTÓRIA DO PÃO DE DE ACÚCAR. !!! SOU GUIA DE TURISMO E RECONHEÇO A IMPORTÂNCIA DE MOSTRAR PARA OS VISITANTES DO RJ NOSSA CULTURA E PONTOS TURÍSTICOS DE NOSSA CIDADE.