A região administrativa de Realengo compreende os bairros de Realengo, Deodoro, Jardim Sulacap, Vila Militar, Magalhães Bastos e Campo dos Afonsos.
Há várias versões para a origem do nome do bairro: uma delas explica que
que seu nome é uma abreviatura (com aglutinação) do nome Real Engenho (um dos subúrbios da Estrada de Ferro Central do Brasil), pois este não cabia inteiro na placa no alto dos bondes, ficando assim abreviado na placa: Real Engº. Por esta razão, com o passar do tempo, as pessoas passaram a chamar este bonde de Realengo (- "Vou tomar o Realengo"). Assim, com o tempo, o nome deste subúrbio se consolidou como Realengo, assim escrito por aglutinação dos dois termos Real e Engenho, sendo o segundo abreviado: Real Engº. Todavia, esta versão se prova falsa, visto que nunca houve tráfego de bondes em Realengo.
Outra versão é de que o nome origina-se da denominação da região no período imperial terras realengas de Campo Grande, do português realenga que significava tudo pertencia ao rei mas estava longe do poder real. Comprovadamente, as denominadas Terras Realengas têm sua origem, segundo alguns historiadores, na carta régia de 27 de Junho de 1814, através da qual Dom João, ainda príncipe, concedeu, em sesmaria ao Senado da Câmara do Rio de Janeiro, as terras advindas da conquista territorial no começo do período Colonial.
A concessão das terras onde hoje é o bairro Realengo, central e periferia, foram destinadas apenas para servir de pastagem de gado bovino, fornecendo carne aos talhos (açougues) da cidade. Pelas pesquisas, ao contrário das regiões limítrofes, NUNCA HOUVE ENGENHOS em Realengo; a cana-de-açúcar colhida na região era processada em engenhos situados em outros bairros.
Estas terras foram proibidas de venda ou de quaisquer outra forma de alienação, obrigando-se a Câmara, por outro lado, a fazer medir e a trazê-las limpas. Apesar da proibição expressa de arrendamento, vendas ou quaisquer outras forma de alienação, a Câmara, a partir de certa época, passou a aforar todos os terrenos concedidos, fundamentando-se na portaria de 20 de novembro de 1815 do príncipe regente conhecida como aviso régio, que somente permitia o aforamento da parte voltada para a estrada de Santa Cruz com fundos de vinte braças no máximo e não de todo o Realengo.
O bairro teve, como seus primeiros povoadores, escravos e emigrantes portugueses da ilha dos Açores, por ordem do príncipe regente Dom João, futuro Dom João VI. Ao chegarem, se dedicaram à agricultura, levando produtos como açúcar, rapadura, álcool e cachaça pelo porto de Guaratiba.
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