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THEATRO MUNICPAL DO RIO DE JANEIRO - NOSSA MAIOR JÓIA ARTÍSTICA

Foto do escritor: danielericcodanielericco


Um dos mais imponentes e belos prédios do Rio de Janeiro, o Theatro Municipal foi inaugurado em 14 de julho de 1909. Erguido de frente para a Praça Floriano, conhecida como Cinelândia, no centro da cidade, o Theatro Municipal é a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Sua história é fascinante e se mistura com a trajetória da cultura do País. Ao longo de pouco mais de um século de existência, o Theatro tem recebido os maiores artistas internacionais, assim como os principais nomes brasileiros, da dança, da música e da ópera.

A ideia de um teatro nacional com uma companhia teatral estatal já existia desde meados do século XIX e foi defendida, entre outros, pelo grande ator e empresário João Caetano. Mas o projeto só começou a ganhar consistência no final daquele século, com o empenho do dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908). A luta incansável de Azevedo foi travada nas páginas dos jornais e acabou por trazer resultados. O dramaturgo, entretanto, não viveu o suficiente para ver seu sonho concretizado, morrendo nove meses antes do Theatro ser inaugurado.

Prefeito do Distrito Federal, entre os anos de 1902 e 1906, o engenheiro Pereira Passos o planejou como o toque final da reforma que realizou na cidade do Rio de Janeiro, sendo o Theatro construído com base na fusão do projeto arquitetônico de Francisco de Oliveira Passos, com o de Albert Guilbert, que haviam empatado no concurso organizado para o projeto do novo teatro. O desenho do prédio foi inspirado no da Ópera de Paris, construída por Charles Garnier (veja mais em arquitetura).

Inicialmente, o Theatro foi apenas uma casa de espetáculos, que recebia principalmente companhias estrangeiras, na maioria trazidas da Itália e da França. A partir da década de 30, o Municipal passou a ter seus próprios corpos artísticos: Orquestra Sinfônica, Coro e Ballet, que permanecem até hoje responsáveis pela realização das temporadas artísticas oficiais. Os três continuam em plena atividade e realizam várias produções próprias a cada ano. Hoje, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro é a única instituição cultural brasileira a manter simultaneamente um coro, uma orquestra sinfônica e uma companhia de ballet. Apesar do nome, o teatro não pertence ao município, mas está vinculado ao estado do Rio de Janeiro.

Ao longo de sua existência, o Theatro Municipal passou por quatro reformas. Em 1934, a primeira obra mudou a cara da sala de espetáculo, que foi ampliada. Na década de 70, ele sofreu sua primeira restauração, reabrindo em 1979 com a proibição dos bailes de carnaval, que até então aconteciam no local. Na década de 80 ocorreu a terceira e em 2008 a quarta, a maior já feita no Theatro (veja em restauro) que contemplou sua parte estrutural (hidráulica, elétrica, etc.) como também uma grande modernização de seu equipamento cênico. Com a reforma, o Theatro Municipal teve devolvido o brilho e o glamour que integram sua história. O Theatro Municipal foi reaberto no dia 27 de maio de 2010, em solenidade que contou com a presença do então Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, do Governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, e do Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. No dia seguinte, a casa foi aberta ao público e a temporada iniciada com O Trovador, ópera de Giuseppe Verdi.






Sala de Espetáculos - o espectador colocando-se na direção da entrada da Sala verá, além das 456 poltronas, da plateia – todas em madeira e veludo e a sua volta, as 22 frisas. Acima dela o balcão nobre com 344 poltronas e 12 camarotes e a cabine de luz e som. No andar superior estão os 500 lugares de balcão simples e acima destes as 724 cadeiras da galeria, totalizando 2244 assentos.


Salão Assyrio - descendo-se as escadas laterais das chapelarias nos corredores das frisas, chega-se aos vestíbulos do restaurante Assyrio, com oito quadros de mosaico de Gian Domenico Facchina, que representam cenas de peças famosas da Dramaturgia universal. O restaurante é peça única em toda a América do Sul, todo revestido de cerâmica esmaltada, inspirado na antiga Babilônia. O local está dividido em dois planos, o teto é baixo sustentado por colunas que terminam com cabeças de touro, em estilo persa.




A Águia - a águia de 350 kg, 6 metros de envergadura e 2,8 metros de comprimento que enfeita o topo do Theatro Municipal foi totalmente restaurada. O principal símbolo do Municipal recebeu 8 mil folhas de ouro 23 quilates de douramento, ao longo de quatro meses de atividade.



O Theatro Municipal do Rio de Janeiro ostenta obras dos mais renomados artistas brasileiros na época de sua construção. Pinturas de Eliseu Visconti, Henrique Bernardelli e Rodolfo Amoedo e esculturas de Rodolfo Bernardelli. Eliseu Visconti é o artista com maior presença na ornamentação do teatro, sendo de sua autoria todas as pinturas da sala de espetáculos: o majestoso pano de boca (maior tela já pintada no Brasil), teto sobre a plateia (plafond) e friso sobre o palco (proscênio). Também de Eliseu Visconti são as pinturas do “foyer” do teatro (teto e painéis laterais), consideradas como obra prima da pintura decorativista no Brasil.


Pano de Boca

Plafond


Endereço: Praça Marechal Floriano, s/n Cinelândia, Rio de Janeiro

Contato telefônico - (21) 2332-9191 / 2332-9134

 
 
 

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